Legenda: Miguel Oliveira, Rui L. Reis, João Espregueira Mendes e Hélder Pereira
Hélder Pereira, investigador da Universidade do Minho, recebeu o prémio
de Melhor Projeto de Investigação Científica, no 15º Congresso da
European Society of Sports Traumatology Knee Surgery and Arthroscopy
(ESSKA), em Genebra, Suíça. O cirurgião ortopédico foi também
distinguido como um “Star Paper”, entre os milhares de
trabalhos apresentados no congresso.
Este é o principal prémio de investigação atribuído pela maior
sociedade europeia de Artroscopia e Traumatologia Desportiva e tem por
objetivo reconhecer, encorajar e estimular contributos notáveis com
grande potencial de impacto na Ortopedia. A distinção, uma das maiores
atribuídas recentemente a um português, coloca Portugal no patamar dos
melhores centros de investigação da Europa, Ásia e América do Norte.
O projeto distinguido pela ESSKA consiste no desenvolvimento de novos
tecidos para regeneração do menisco e combina a aplicação de
biomateriais inteiramente com uma estratégia inovadora de terapia
celular para aplicação clínica futura.
As lesões do menisco são a mais frequente causa de cirurgia em ortopedia e têm importante impacto socioeconómico. A remoção da parte lesada (meniscectomia) tem sido o tratamento mais frequente, mas traz consequências a longo prazo, como o desgaste articular e artrose precoce.
As lesões do menisco são a mais frequente causa de cirurgia em ortopedia e têm importante impacto socioeconómico. A remoção da parte lesada (meniscectomia) tem sido o tratamento mais frequente, mas traz consequências a longo prazo, como o desgaste articular e artrose precoce.
As novas tendências são a reparação e preservação do menisco, o transplante ou, mais recentemente, as abordagens de engenharia de tecidos e medicina regenerativa.
Hélder Pereira fez um trabalho inovador de caracterização do tecido meniscal humano. Com base no conhecimento produzido foi desenvolvida uma nova matriz tridimensional porosa, associada ao uso de células autólogas para reparar defeitos do menisco, respeitando as exigências do tecido nativo.
Esta estratégia foi validada “in vitro” nos laboratórios do Grupo 3B’s, nas Caldas das Taipas, Guimarães, e vai agora ser testada em animais para poder chegar a aplicação clínica.
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