É já em setembro que os portugueses poderão relembrar a primeira novela que surgiu na televisão, no ano de 1977. Mas para quem pensa que esta versão é uma copia fiel da trama que imortalizou Sónia Braga, a expectativa é logo posta em causa pela nova Gabriela, Juliana Paes, que em conversa com a ANA, nos estúdios da Rede Globo, no Brasil, desvenda alguns segredos deste remake e conta, ainda, como está a correr a experiência como mãe.
Qual é a sensação de ser a Gabriela desta nova versão? Fazer esta personagem é um grande desafio. Ela é uma mulher livre, desprovida de preconceitos, senta-se de perna aberta e é logo vista como uma “safada”. Mas ela não teve ninguém que lhe dissesse o que é certo ou errado.Ela é uma mulher simples, sem malícia, mas é inteligente.
É correto fazer-se uma comparação entre as duas versões? Qualquer comparação, por inevitável que seja, penso que é descabida, pois estamos num tempo diferente, o texto não é o mesmo e há diferenças óbvias, como o facto de ser outra atriz.
Como é que as pessoas a abordam na rua? A novela tem sido um sucesso e pelo facto de não passar no horário nobre permite que a sensualidade presente na trama seja tratada de forma mais intensa. As pessoas vêm ter comigo e só têm palavras simpáticas, o que me deixa muito orgulhosa.
Pensou duas vezes antes de aceitar este papel? Aceitei sem hesitar, pois as pessoas diziam-me que tinha muito de Gabriela. Assim, quando surgiu a oportunidade, para mim foi algo de natural, parecia que estava destinada a fazer o papel. Mas senti que estava a mexer em algo de sagrado, quando a escolha começou a ser questionada, sobretudo pelo facto de ter 33 anos e ser mais velha do que a Gabriela original. Mas, agora, só tenho recebido elogios.
Como recuperou a forma, já que foi mãe há pouco tempo? Fiquei preocupada, pois demorei a recuperar, também pelo facto de ter amamentado o Pedro durante um ano. Fiz muito ginásio, dieta, mas sabia que ia voltar ao normal, pois também só engordei 16 quilos.
Hoje, se fosse convidada a posar nua, voltaria a fazê-lo? Acho muito difícil. Não tenho problemas com a nudez, mas quem compra uma revista como a Playboy procura um tipo de nudez que já não me interessa fazer.
Arrepende-se de o ter feito? De forma alguma. Fi-lo por causa do dinheiro, pois com ele paguei a minha faculdade e deu para “tirar o pé da lama”.
O seu marido está proibido de ver as cenas quentes? De forma alguma, mas não gosta de ver as cenas de amor, embora eu queira que ele as veja.
Gosta de provocar ciúmes? Detesto. Até o aviso: “Amor, desta cena você não vai gostar muito.” Moramos juntos há oito anos, mas é óbvio que quando ele vê uma cena de maior envolvimento ou um beijo, não fica a ver como eu fico.
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