terça-feira, 27 de março de 2012

Fábrica da Nestlé escolhida para fornecer leite em pó para máquinas de ‘vending’

A Nestlé Portugal conseguiu trazer para a fábrica que detém nos Açores a produção de mais 3500 toneladas de leite em pó, cujo destino será “o novo conceito de produto para máquinas de ‘vending’ do grupo.
O director-geral da empresa, António Reffóios, adiantou hoje de manhã num encontro com jornalistas que a confirmação da escolha da fábrica dos Açores chegou a semana passada.
António Reffóios explicou que a fábrica instalada em Lagoa teve de "disputar o negócio internamente e com terceiros" que ofereciam preços mais competitivos. Para tal, houve que reajustar o preço para que a unidade açoriana fosse a escolhida pela casa-mãe. O director-geral da Nestlé portugal acredita que "ainda este ano" a fábrica dos Açores arranca com esta produção adicional que vai implicar o aumento da recolha de leite na ordem dos 30 milhões de litros

Salema é uma das melhores praias secretas do mundo

Salema é uma das melhores praias secretas do mundo
A praia da Salema, no Algarve, foi eleita pela revista norte-americana Travel & Leisure como uma das melhores praias secretas do planeta. Da lista, selecionada pelo jornalista David A. Keeps, fazem parte 15 praias, situadas nos quatro cantos do mundo. 
 
David A. Keeps dá a conhecer aos leitores da revista maravilhas que, de alguma forma, conseguiram sobreviver até aos dias de hoje sem serem invadidas por "demasiadas pessoas" e "demasiado ruído".
 
A praia da Salema, nos arredores de Vila do Bispo, no Algarve, é uma das praias com estas características. Já próxima da Costa Vincentina , a praia estende-se diante de uma pequena aldeia de pescadores, num local onde, ao contrário do que acontece em quase toda a região algarvia, as casa tradicionais ainda não foram substituídas por novos "arranha-céus e resorts", explica o jornalista.
 
A falta de "luxos e diversão" noturna, acrescenta David A. Keeps, garante ainda que o alojamento seja barato, desde os quartos particulares, que rondam os 20 euros, aos apartamentos da pensão "A Maré", que chegam aos 100 euros por noite.
 
No artigo publicado na Travel & Leisure são ainda mencionadas praias secretas paradisíacas, por exemplo de Moçambique, do Havai, do Brasil ou da Tailândia.

Para consultar a lista completa clique AQUI.

[Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes]

Porto é "Melhor Destino Europeu 2012"

Zona ribeirinha da Cidade do Porto Zona ribeirinha da Cidade do Porto Imagem: Alice Barcellos/SAPO
A votação online decorreu nas últimas três semanas no sítio da Internet do European Best Destination, tendo sido contabilizados mais de 212 mil votos.
Em 2.º lugar ficou Viena, na Áustria, e em 3.º Dubrovnik, na Croácia, tendo Lisboa ficado em 8.º lugar no ranking.
À frente da capital portuguesa ficaram Praga (República Checa), Bruxelas (Bélgica), Berlim (Alemanha) e Budapeste (Hungria).
Em 2010, Lisboa foi a cidade eleita pela Associação dos Consumidores Europeus para o "Melhor Destino Europeu 2010" e, em 2011, a vencedora foi Copenhaga, na Dinamarca.
O Porto – vencedor do título "Melhor Destino Europeu 2012" - vai poder incluir a utilização do logótipo "Escolha do Consumidor Europeu", durante um ano, em toda a comunicação do turismo oficial.
O vinho do Porto, o Centro Histórico, classificado Património da Humanidade, os museus, parques e jardins "encantadores", bem como lojas de moda, de criadores nacionais e internacionais, são algumas das virtudes do Porto apontadas pela organização no seu sítio da Internet.

«5 Para a Meia-Noite» com novas caras



A sexta série do «talk-show« começa a ser emitida na RTP1, a partir de 9 de abril.
Nuno Markl e José Pedro Vasconcelos são as novas caras da nova temporada do programa «5 Para a Meia-Noite», juntando-se aos já clássicos apresentadores Pedro Fernandes, Nilton e Luís Filipe Borges.
O programa «5 Para a Meia-Noite» estreou na RTP2 em junho de 2009, com as participações de Filomena Cautela e Fernando Alvim, que na quinta série foram substituídos por Luísa Barbosa e Carla Vasconcelos.
A poucos dias da estreia, os cinco apresentadores juntaram-se para uma divertida sessão fotográfica e gravação do genérico.

domingo, 25 de março de 2012

João J e Mariana Monteiro juntos


Mariana Monteiro e João Mota vivem relaçãoA Ferver: 23.3 - 22h Por: Rute Lourenço


Seis meses depois de ter terminado a relação com o manequim Gonçalo Teixeira, Mariana Monteiro, de 23 anos, está novamente apaixonada. A protagonista da telenovela da TVI ‘Doce Tentação' namora há cerca de um mês com o vencedor da ‘Casa dos Segredos', João Mota, de 21 anos, e segundo amigos da actriz, esta não podia estar mais feliz.
"A Mariana sempre achou piada ao João, desde os tempos em que ele participou na ‘Casa', mas eles aproximaram-se recentemente, quando ele começou a gravar os ‘Morangos', na Plural. Passaram a estar mais tempo juntos e estão muito apaixonados", disse ao CM uma amiga de Mariana Monteiro.
Por enquanto, os dois estão a fazer de tudo para manter o romance no segredo dos deuses, mas a verdade é que é cada vez mais difícil para o casal esconder o amor que os une.
Recentemente, Mariana chegou mesmo a ir à ModaLisboa, no Páteo da Galé, para ver o namorado desfilar para o estilista Miguel Vieira.
O CM tentou contactar Mariana Monteiro através da sua agente, que não conseguiu falar com a actriz até ao fecho desta edição. Já João Mota remeteu-se ao silêncio. "Não vou comentar a minha vida privada", disse bem-disposto.
"DESEJO-LHE FELICIDADES"
Apanhada de surpresa com o romance, Fanny adiantou, no entanto, não ter ficado com ciúmes do casal. "Gosto do João como amigo e desejo-lhe as maiores felicidades. Não fico triste", diz a jovem, acrescentando que João ainda não lhe tinha contado do namoro.

Raquel Acosta

A Raquel Acosta é a capa da revista J desta semana, ela que quer ver o Braga campeão esta temporada

terça-feira, 20 de março de 2012

Penthouse Março de 2012

Raquel Santos foi a modelo escolhida pela revista penthouse para o mês de Março de 2012, foi ela a doce tentação do pecado!

Cientista lusa premiada pelo Parlamento britânico

Com apenas 26 anos, Renata Gomes é "a mais jovem candidata" a ganhar a medalha de prata dos Science, Engineering and Technology (SET) for Britain. O Silver Certificate foi atribuído à cientista portuguesa no parlamento britânico, na semana passada, graças a uma nova tecnologia que facilita a regeneração cardíaca após enfarte.
Natural de Barcelos, mas desde cedo a viver em Londres, Renata Gomes está a fazer o doutoramento na Universidade de Oxford sob a orientação de Lino Ferreira, cientista da Universidade de Coimbra.

A investigação prende-se com a utilização de materiais nanotecnológicos, chamados micro-ARN, nos tecidos cardíacos para aumentar a eficácia dos transplantes de células estaminais que conseguem regenerar o tecido lesado.
Técnica permite regenerar músculo cardíaco
Ao Boas Notícias, a jovem portuguesa explica que os fragmentos genéticos utilizados, os micro-ARN, "permitem silenciar a função de certos mensageiros dos genes", fazendo com que "as células não entrem em autodestruição" e, no caso do coração, permitindo "que as células estaminais sobrevivam quando são injetadas após um enfarte".
Para já, a técnica ainda só foi testada em animais, pelo que pode "ter utilidade imediata em áreas veterinárias", adianta a investigadora, acrescentando que até chegar aos testes humanos, o processo ainda tem um longo caminho a percorrer, mas que "dentro de alguns anos" poderá ser aplicado pelos médicos.
Investigação envolveu três países europeus
O SET for Britain é uma competição que pretende ajudar os políticos britânicos a entenderem o trabalho científico e tecnológico desenvolvido no país, homenageando as conquistas e o talento de jovens investigadores ligados à ciência, engenharia e tecnologia, em solo britânico.
A cientista portuguesa acredita que o que levou a investigação dos micro-ARN, entre 53 candidaturas, a receber o Silver Certificate e, ainda, uma quantia de 2000 libras (cerca de 2386 euros), foi o facto de esta "ser uma ideia original" e inovadora.

Renata considera ainda que o júri valorizou o facto do trabalho, que normalmente demoraria 8 anos a chegar à fase atual, ter sido concretizado em apenas 3 anos. A jovem destaca também as "implicações clínicas e económicas" que a invenção pode representar.
O trabalho financiado pela FCT (Fundação Ciência e Tecnologia) resulta de um esforço conjunto de várias universidades, entre elas a Universidade de Coimbra, a Universidade de Oxford e a Universidade London College, ambas em Inglaterra, e a Universidade de Kuopio, na Finlândia. Como resultado, Renata passou "os últimos três anos viver entre três países".
Outras investigações de Renata Gomes
O prémio recebido na semana passada abre novas portas a Renata Gomes, que fica "em contacto com os ministros" do país, algo que lhe pode permitir o desenvolvimento constitucional de "novas plataformas de financiamento".
Licenciada em Medicina Forense, a investigadora, que já só tem "família afastada" em Portugal, está ligada à medicina e bioquímica cardiovascular desde que fez o mestrado, tudo no Reino Unido. É a mais velha de quatro irmãs e, além da grande dedicação ao percurso profissional, gosta de praticar desporto, sobretudo esgrima: faz parte da equipa de esgrima da Universidade de Oxford.
Além dos próximos passos da investigação premiada, Renata Gomes está agora a trabalhar em outros projetos que, refere, "envolvem usos de vários tipos de células estaminais, desenvolvimento de novas técnicas de ressonância magnética por imagem e também o estudo comparativo de nanomateriais com vetores virais".

[Notícia sugerida por Alexandra Luís e Patrícia Guedes]

 http://boasnoticias.clix.pt/noticias_UK-Investigadora-portuguesa-recebe-pr%C3%A9mio-no-Parlamento_10395.html

Ecopark de Bragança quer criar 500 empregos

A Câmara de Bragança pretende criar, nos próximos 10 anos, quase 500 postos de trabalho qualificado e atrair mais de cem empresas para um parque tecnológico sustentável, o Brigantia Ecopark, cuja primeira fase de construção foi adjudicada na quinta-feira.
Bragança quer fazer deste parque tecnológico, a ser trabalhado desde 2004, um "projeto âncora", oferecendo um espaço para acolher empresas e desenvolver investigação nas áreas do ambiente, energia, ecoconstrução e ecoturismo.
A primeira fase da obra corresponde à construção do edifício central multifuncional que servirá de incubadora de empresas, terá espaço para a instalação de empresas e laboratório de investigação e desenvolvimento.
Esta fase representa um investimento de 6,3 milhões de euros e deverá estar concluída dentro de um ano e meio, correspondendo à maior parte do investimento global previsto de 9,5 milhões de euros, que contempla a construção, numa segunda fase, de mais infraestruturas para acolher empresas.
O projeto global implicará um investimento superior a 19 milhões de euros comparticipados em 80 por cento pelo FEDER (Fundo Europeu para o Desenvolvimento Regional.

Parque tecnológico com consciência sustentável
Duas das preocupações essenciais na execução do projeto são, de acordo com o comunicado da Câmara Municipal de Bragança , "a eficiência energética e a sustentabilidade".
Por isso, a primeira fase da construção vai ter em conta "o aproveitamento das energias solar, térmica, fotovoltaica e geotérmica". Vão ser ainda instalados um sistema de aproveitamento de águas e equipamentos de gestão de resíduos sólidos. Outra das medidas sustentáveis é a "limitação de circulação motorizada ao indispensável" e a plantação de espécies autóctones no espaço.

"Perspetivamos criar 110 empresas e 480 postos de trabalho"
O presidente da Câmara, Jorge Nunes, explicou que o projeto faz parte do Parque de Ciência e Tecnologia de Trás-os-Montes e Alto Douro que engloba, além do de Bragança, o Régia-Douro Park, em Vila Real.
A concretização do parque resulta de uma parceria entre as câmaras de Vila Real e Bragança, o Instituto Politécnico de Bragança (IPB), Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e a PortusPark.
Paulo Piloto, docente do IPB, foi nomeado como diretor executivo do Brigantia Ecopark e encara-o, de acordo com a Agência Lusa, como "uma infraestrutura para a produção de ciência e aplicação de base tecnológica", mas, sobretudo para "gerar conhecimento e aplicá-lo ao serviço da comunidade, em parceria com o setor empresarial".
"Perspetivamos criar, num prazo de dez anos, 110 empresas e 480 postos de trabalho, o que significa muito emprego e, sobretudo muito qualificado", disse.
O presidente do IPB, Sobrinho Teixeira, disse também à Agência Lusa que este será "o grande desafio do politécnico para os próximos anos". Defende ser já necessário começar "a angariar as empresas que possam dar vida ao Brigantia Ecopark".
Já o autarca de Bragança admite que o atual momento do país "não é favorável a grandes ousadias", mas acredita que "é também nos momentos de crise que se impõem as soluções mais inovadoras".
"Vamos trabalhar para alcançar os objetivos a 100 por cento, mas se cumprirmos 60 por cento é bom", afirmou, acrescentando que este projeto está pensado para "o mercado global e não apenas regional".

[Notícia sugerida por Patrícia Guedes]

Tecnologia portuguesa vai integrar aviões da Airbus

© Lusa
A Active Space Technologies nasceu em 2004 fruto do desejo de dois colegas em aplicar aquilo que aprenderam num estágio na Agência Espacial Europeia. Desde então, Ricardo Patrício e Bruno Carvalho já desenvolveram inúmeros projetos, um dos quais vai agora ser incorporado em aviões da Airbus.
Os sistemas Greenwake e Delicat, desenvolvidos numa parceria entre várias empresas, têm duas funções essenciais, explica ao Boas Notícias o CEO da Active Space Technologies, Ricardo Patrício: por um lado, permitem "reduzir os tempos de descolagem dos aviões" e, por outro, "diminuir a turbulência" sentida pelos passageiros e tripulação, aumentando assim a segurança.
Sediada em Coimbra, a empresa ficou, de acordo com o engenheiro português, responsável "por todo o desenvolvimento mecânico destes sistemas" incluídos num projeto que tem a fabricante de aviões Airbus como parceira. O projeto já está na fase final e os testes vão começar, em breve, no aeroporto de Charleroi, na Bélgica.

Sistema pode ajudar a diminuir a sobrelotação aeroportuária
"Se estivermos a trabalhar na plataforma do aeroporto", explica Ricardo Patrício, "podemos determinar se existem ou não vórtices, ou seja, turbulência em cima da pista" - deixada após a descolagem de um avião - e, dessa forma, "minimizar os tempos entre descolagens de aviões". Este avanço pode ser importante no caso de "plataformas aeroportuárias muito sobrelotadas", como é o caso do aeroporto da Portela.
Outra funcionalidade importante é a de instalação de tecnologias no próprio avião, que permitem detetar "desde 100 metros até vários quilómetros de distância", se "há turbulência ou não", adianta. Se a turbulência for a longa distância, o avião consegue desviar-se, caso esteja mais próxima, a sua deteção permite "atuar nas próprias superfícies ativas das asas do avião", aumentando a segurança do voo, acrescenta Ricardo Patrício.
A Active Space Technologies começou a trabalhar neste projeto em 2008, com vários parceiros europeus, onde se incluía a Agência Espacial Alemã, a universidade belga de Leuven e a Airbus enquanto utilizador do equipamento.

Active Space Technologies à volta do Sol
O facto de "aliar duas ou três competências complementares", especializando-se quer na engenharia mecânica quer na eletrónica, para o desenvolvimento de produtos completos, é parte do segredo do sucesso da Active Space Technologies, defende Ricardo Patrício.

Um sucesso que se mede facilmente através das receitas da empresa - das quais mais de 90% provêm de clientes europeus: a Active Space Technologies encerrou 2011 com 400 mil euros de lucro.

Entre os vários projetos que estão a ser desenvolvidos, o fundador da empresa destaca a participação numa missão da Agência Espacial Europeia, a "Solar Orbit", para a qual desenvolveram a tecnologia de "um satélite que vai orbitar o sol".
Como gostam "de desafios tecnológicos diferentes do habitual", os engenheiros da Active Space Technologies propuseram-se a impedir "que os principais instrumentos óticos do satélite recebam uma carga térmica tão grande que degrade a sua performance" e o "seu tempo de vida útil".
O protótipo para o satélite que vai fazer um estudo científico do Sol e, logo, submeter-se a elevadas temperaturas, já foi validado e a empresa portuguesa foi agora contratada para "fornecer 33 sistemas idênticos", adianta Rui Patrício.

[Notícia sugerida por Bruno Melo e Vítor Fernandes]

sábado, 17 de março de 2012

Wraygunn e a arte de ser rocker

É só rock n' roll, mas nós gostamos porque os Wraygunn continuam a fazê-lo bem. Rock n' roll e territórios mais ou menos próximos, como os do blues ou da soul, parte da receita de "L'Art Brut", o quarto álbum da banda de Coimbra.
Quando Paulo Furtado nos falou do novo disco dos Wraygunn, sublinhou a "reinvenção" do sexteto neste sucessor do já longínquo "Shangri-La" (2007). Mas ouvindo estas doze canções, ficamos satisfeitos por constatar que as mudanças não são assim tantas. Sim, "L'Art Brut" é menos explosivo. Sim, a dança que pode resultar daqui será, provavelmente, menos epilética do que a que esperaríamos (há poucos momentos com o frenesim de "She's a Go-Go Dancer", single do disco anterior). No essencial, contudo, os Wraygunn mantêm-se iguais a si próprios e diferentes do rock que se faz por cá.
A paixão pelo imaginário do interior norte-americano permanece intacta e, sem nos fazer abrir a boca de espanto, transparece em mais um conjunto de canções pessoais mas transmissíveis. A primeira, "Tales of Love", sai-se logo bem a sugerir que o que vamos ouvir é, mais do que esse tal conjunto de canções, um álbum: o formato, como algumas das sonoridades que os Wraygunn praticam, pode estar em desuso na idade do MP3, mas aqui serve bem um alinhamento que, apesar dos contrastes, resulta coeso.
Videoclip de "Don't You Wanna Dance?":



"Tales of Love" sugere-nos também que este é um álbum em que se contam histórias: a de um homem subitamente apanhado pelo amor, logo nessa faixa inicial (situação relatada, em modo spoken word, por Paulo Furtado), ou as de outras personagens de um filme (ou curtas metragens?) que podemos ir imaginando. A trama amorosa é quase sempre a dominante, começando pelos sussurros de "Don't You Wanna Dance?" (o primeiro single e também o primeiro slow à moda Wraygunn do disco), passando pela mais urgente "I Bet It All on You" (talvez o melhor dos momentos efusivos), pelo dilema de "My Secret Love" (em que o drama surge quando a amizade se torna paixão) ou pela grande "Track You Down" (balada de veludo comandada por Raquel Ralha, femme fatale disposta a tudo por algum "foolin' around" com o seu "sweetie").

A destoar deste romantismo agreste, technicolor e poeirento (elogios), só mesmo a declaração de intenções artísticas de "I'm for Real", em que Furtado dispara, qual anti-herói contra um bandido ganancioso, contra quem está na música pelo consolo dos cifrões. Percebemos e respeitamos a ideia, mas preferimos outras confidências do alinhamento. Confidências como a faixa-bónus "Cheree", logo a seguir, cover dos Suicide e sobremesa de um regresso que mostra uma banda a defender a sua arte - não tanto em estado bruto, antes com uma sensibilidade habitualmente apetitosa.

@Gonçalo Sá

sexta-feira, 16 de março de 2012

Drogba goza com o adversário Benfica na Liga dos Campeões

Drogba gozou momentos depois de saber que seria o Benfica o próximo adversário na Liga dos Campeões, fazendo gestos de troça!

Acordo Ortográfico afasta raiz das grandes línguas e empobrecem Portugal e Brasil, diz filólogo

O filólogo Fernando Paulo Baptista considera que o acordo ortográfico da Língua Portuguesa incorre "no absurdo" de recorrer à pronúncia para regulamentar os usos escritos, afastando-se da raiz greco-latina e das grandes línguas mundiais.
"Por isso é que tem este princípio: se se pronuncia, fica, se não se pronuncia, corta-se", afirma à Agência Lusa o investigador convidado do Centro de Investigação em Educação da Universidade do Minho e investigador jubilado da Associação Piaget Internacional, que sábado profere em Coimbra a comunicação "Acordo Ortográfico: SOS pelas matrizes profundas da Língua Portuguesa".
Fernando Paulo Baptista considera que o mais grave que o presente acordo comporta é na "Base IV", com as designadas "sequências consonânticas", em especial nas "ct" e "pt", opção que "vai liquidar aspetos importantíssimos da via erudita" da formação do vocabulário da língua portuguesa.
Afirma que, ao fazer um estudo pormenorizado da língua portuguesa antes do acordo e de cinco das línguas mais importantes no mundo, o inglês, espanhol, francês, italiano e alemão, concluiu que estas preservam a raiz nas mesmas palavras.
Encontra situações de "ditadura fonética", nomeadamente com verbo o latino "ago", que deu o verbo agir, com "mais de quatrocentos vocábulos em língua portuguesa", e em expressões como "atualidade" e "ação", "actuality" e "action" em inglês, ou "actualité" e "action" em francês.
"Isso vai dificultar o rigor que o uso escrito da língua deve ter, mesmo na criação poético-literária, na reflexão filosófica, nos grandes saberes da cultura e na linguagem especializada de todas as ciências", sustenta.
O filólogo encontra ainda "problemas graves" no quadro concetual e terminológico das ciências, em que "mais de 80 por cento é de base greco-latina", e no ensino-aprendizagem do vocabulário nas escolas.
"O meu SOS é para chamar à atenção para o empobrecimento enorme que a língua portuguesa vai ter, mesmo para o Brasil, por ser o país que tem mais população. Vai perder a qualidade competitiva e sobretudo dialogal, dialógica, com as outras línguas que mantêm a raiz [latina]", acentua.
Na sua perspetiva, "sacrificar a via erudita é sacrificar o próprio ideal de erudição, de cultura mais elaborada, da expressão mais rigorosa" da língua.
"É a expressão da anarquia total. Não tem coerência nenhuma. Quer unificar, mas não unifica" e "assenta em erros gravíssimos", sustenta, reportando-se ainda a abolições de "hífen", duplas acentuações e de pronúncias.
Fernando Paulo Baptista observa porque não caíram por exemplo os "h" e "u" que não se pronunciam, quando "se utilizou a oralidade para fazer a regulamentação" ortográfica.

http://www.ionline.pt/

Rock in Rio-Lisboa realiza «casting» para artistas de rua

A organização do Rock in Rio-Lisboa pretende dar a oportunidade a diversos artistas de rua de fazerem parte da Rock Street, uma estreia na edição portuguesa do evento. Para tal, vai ser realizado um «casting», revelação feita esta sexta-feira em Torres Vedras, durante a visita às primeiras casas deste espaço do Rock in Rio-Lisboa 2012.
As inscrições estão abertas e são feitas no site oficial do evento. Os interessados devem fazer o ‘upload’ de uma fotografia (máximo 5MB) ou de um vídeo (duração máxima 5 minutos) a demonstrar a sua ‘performance’ como caricaturista, mágico, acrobata, malabarista, andas, mimo ou homem estátua.
Os participantes têm até 13 de abril para submeter a inscrição, dia em que se realiza o «casting» presencial, em local e hora ainda a definir.
O júri, composto por quatro elementos, avaliará as atuações com base nos critérios de originalidade, desempenho, presença e capacidades dos concorrentes.
Os vencedores do «casting» serão anunciados no final do mês de abril no site oficial do Rock in Rio-Lisboa 2012 e na página de Facebook do evento e serão contratados para atuar na Rock Street.
Recorde-se que a Rock Street é uma rua cenográfica inspirada na cidade de Nova Orleães (Estados Unidos da América) e neste primeiro ensaio, em Torres Vedras, conheceu-se de perto esta que é uma das novidades do Rock in Rio-Lisboa 2012.
O presidente do Rock in Rio, Roberto Medina, esteve na apresentação e referiu que a expectativa é «grande» relativamente a este novo espaço da Cidade do Rock.
«No Brasil, em 2011, a Rock Street foi um verdadeiro sucesso, com o público a atribuir-lhe nota máxima, tal e qual como o Palco Mundo que, por norma, é sempre o mais votado. Temos a certeza de que esta rua cenográfica vai conquistar também o público do Rock in Rio-Lisboa 2012», disse o responsável.
A Rock Street apresentará todos os dias (desde a abertura de portas) concertos com artistas do mundo do ‘jazz’ e do ‘blues’, músicos, malabaristas, acrobatas, mágicos, homens estátua, cartomantes, caricaturistas e muitas outras surpresas. Terá também espaços comerciais, como lojas, bares e restaurantes.

@Daniel Pinto Lopes

quarta-feira, 14 de março de 2012

A Wikipédia matou a Enciclopédia?

244 anos depois, a Enciclopédia Britânica anunciou o fim da sua edição em papel. 244 anos depois, a Enciclopédia Britânica anunciou o fim da sua edição em papel. Imagem: SAPO
Acabaram-se os vendedores porta a porta. Acabaram-se os volumes em papel rigorosamente escolhidos da Enciclopédia Britânica. A notícia do fim da enciclopédia mais famosa do mundo foi certamente recebida com nostalgia em milhares de lares norte-americanos.
A decisão foi anunciada como um “ritual de passagem à nova era”, disse ontem Jorge Cauz, o presidente da empresa Encyclopaedia Britannica Inc. A última edição impressa é de 2010, tem 32 volumes, pesa quase 130 quilos e inclui novas entradas sobre o aquecimento global e sobre o Projeto do Genoma Humano.
Mas, o fim da Britânica remete para uma outra enciclopédia: a Wikipedia. Com tantas entradas que corresponderiam a milhares e milhares de volumes impressos, podemos culpá-la pelo fim da Enciclopédia Britânica?
Eduardo Pinheiro, da Wikimedia Portugal, crê que sim mas não culpa apenas a enciclopédia online. "Já ninguém espera pela Britânica. Na nossa sociedade os hábitos de consulta de fontes fiáveis e de obras de referência alteraram-se", conta ao SAPO Notícias.
O editor da Wikipédia recebeu a notícia do fim da Britânica com "tristeza". "Não é um momento particularmente alegre pois é uma enciclopédia histórica, que serviu de referência de indubitável qualidade a gerações várias", descreveu por e-mail.
A Britânica surgiu em 1768 na Escócia, seguindo depois para os EUA no século XX. Escrita em inglês, tornou-se um objeto de luxo com um preço aproximado de 1400 dólares. Era frequentemente comprada por embaixadas, bibliotecas e instituições de pesquisa, mas também vendida porta a porta. Apenas 8 mil enciclopédias da edição de 2010 foram vendidas. As restantes 4 mil esperam por compradores num armazém da empresa.
Estar online não é suficiente
"A versão de 1911, que está em domínio público, é citada como fonte em mais de 12 mil artigos da Wikipédia, só na versão em inglês", acrescenta Eduardo Pinheiro.
A Enciclopédia de referência vai continuar, no entanto, a apostar nos conteúdos online. Jorge Cauz afirmava ontem que a vantagem competitiva da Britânica face à Wikipedia reside no prestígio das fontes, rigor na escrita e na confiança associada à marca.
Mas Eduardo Pinheiro considera que, hoje, estar no digital por si só não chega. "O facto de se manter um serviço pago e com especialistas em cada área, levou a que a velocidade de atualização fosse fortemente prejudicada". E remete para um exemplo prático: "não encontra por exemplo nada sobre o naufrágio do Costa Concordia... e já lá vão dois meses", reflete.
A questão paira no ar: o que conta mais hoje em dia, o rigor ou a rapidez?

Capitães de Areia

os Capitães de Areia são uma nova banda portuguesa de rock, com uma sonoridade parecida com as bandas dos anos 70 -80, fazem lembrar os Radar Kadafi.