sábado, 9 de junho de 2012

Casamento engorda e divórcio emagrece

Em Setembro de 2004, FIlipe Pinto, hoje com 32 anos, pesava 68 kg. O verbo não é conjugado no passado por mero acaso. Quase oito anos passados, o ponteiro da balança já chega aos 110. A culpa tem um nome: vida em comum. Mal trocou o Porto por Caxias, arredores de Lisboa, para ir viver com Joana, o corpo deste solicitador começou a mudar. Divertido, e sem medo de represálias por parte da mulher, fala em «envenenamento». «Ele era carne de porco à alentejana, ele era pudim de leite condensado, mousse de chocolate,cheeseburguers triplos com extra queijo às 3h da manhã...», relata.
E o problema não foram só as iguarias que Joana introduziu na vida alimentar de Filipe, foi também a rotina que o solicitador, antes actor de teatro, deixou de lado.«Deixei a ‘má vida’ do teatro e as noitadas até de manhã nos ensaios, em festinhas – sabe Deus!». Filipe solta uma sonora gargalhada e revela um segredo que parece ter sido bem guardado até agora:«Fique sabendo que engordei este belo corpanzil no espaço de um ano, ano e meio».
Ao fim desses 365 dias, quando se olhou para o espelho com olhos de ver, Filipe não se reconheceu. Achou que era outra pessoa que estava ali. «Não me que já tinha pertencido a um atleta de alta competição e artista performativo», graceja. E como actor que já foi imaginou que 40 kg a mais era apenas uma segunda pele sobre si,«um casaco, que a certa altura despiria com facilidade».
Até agora, faça frio ou calor, o casaco continua vestido. Filipe Pinto até já nem se lembra como era viver sem este peso sobre si. Para já não sabe bem que decisão tomar para despir o ‘casaco’, sabe apenas que depois de ter sido pai pela primeira vez – Gonçalo nasceu em Novembro de 2010 –, o factor saúde já o preocupa mais e alguma coisa terá de fazer para inverter o ponteiro da balança.«Agora penso mais a sério em concentrar esforços para ter um estilo de vida menos sedentário, mais saudável em termos nutritivos e de exercício físico». Mas do pensar à acção parece que ainda falta um pouco.«De uma coisa estou certo: assim que meter na cabeça que tem de ser, será! Só que para já para já, estou demasiado ocupado a ser preguiçoso».
Quem diz a verdade não merece castigo… E para não culpar de todo a mulher com quem partilha a vida há quase oito anos, diz que os mais de 40 kg que carrega são também fruto de uma vida sem horários e, por vezes, tão desregulada.«Num estilo de vida urbano, em que tudo é feito a contra-relógio, em que se anda sempre a correr de um lado para o outro, às vezes somos preguiçosos e deixamo-nos seduzir pela oferta gastronómica mais imediata, mais rápida, mais plástica, mais parva!».

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